Taxa do rotativo do cartão de crédito atinge 432,3% ao ano em julho

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Os juros do crédito rotativo do cartão de crédito atingiram um novo pico em 2024, chegando a 432,3% ao ano em julho.

Esta elevação reflete uma tendência inquietante para os consumidores que recorrem a este tipo de crédito, quando não conseguem pagar o total da fatura na data de vencimento.

Dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (29) revelaram um aumento de 3,6 pontos percentuais em relação a junho, quando a taxa estava em 428,7% ao ano.

Saiba mais sobre o crédito rotativo, cheque especial e entenda os desafios que este aumento representa para os consumidores brasileiros.

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O que significa o crédito rotativo?

O crédito rotativo é considerado uma das formas mais dispendiosas de crédito, utilizada por consumidores que não liquidam integralmente a fatura do cartão de crédito. Quando o pagamento mínimo é efetuado, o saldo remanescente é automaticamente financiado, com a aplicação de juros elevados.

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Se o cliente persistir sem quitar a dívida, o banco deve ofertar, em até 30 dias, um parcelamento do saldo devedor no cartão de crédito ou outra opção mais benéfica.

Medidas do Conselho Monetário Nacional

Com o intuito de conter o impacto negativo dos juros rotativos, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu em dezembro do ano passado uma diretriz que limita as operações de crédito rotativo. Desde 3 de janeiro de 2024, as novas operações de crédito rotativo não podem ultrapassar 100% do valor original da dívida. No entanto, essa medida parece não ter sido suficiente para conter a ascensão dos juros sobre as dívidas de cartão de crédito.

Queda na taxa do crédito parcelado e cheque especial



Apesar do aumento nos juros do crédito rotativo, observou-se uma leve redução na taxa de juros do crédito parcelado em julho, com a taxa diminuindo de 182,5% para 178% ao ano. Isso sugere que, apesar do crédito rotativo continuar sendo desafiador para os consumidores, o parcelamento das faturas pode se tornar uma opção mais vantajosa, dependendo das condições oferecidas.

Já os juros do cheque especial, considerado a segunda modalidade de crédito mais cara, registraram uma queda em julho, com a taxa média caindo de 131,3% ao ano em junho para 127,8% em julho. Apesar da redução, a taxa ainda permanece extremamente elevada, exigindo cautela por parte dos consumidores que utilizam essa forma de crédito.