O rendimento do Tesouro Direto sofreu uma queda recentemente devido à decisão do Copom em manter a taxa Selic inalterada. Esta decisão teve impactos diretos nos investimentos em renda fixa, especialmente no Tesouro Direto. Neste artigo, vamos explorar como funciona o rendimento do Tesouro Direto, a influência da Selic nas novas taxas e o que esperar para o futuro.
Como funciona o rendimento do tesouro direto?
Muitas pessoas têm dúvidas sobre o que é o Tesouro Direto. Em termos simples, o Tesouro Direto é um programa do governo federal que oferece títulos públicos a pessoas físicas através da internet. Dessa forma, as pessoas podem escolher entre diferentes tipos de títulos e investir seu dinheiro naqueles que melhor se adequam aos seus objetivos.
Os principais tipos de títulos do Tesouro Direto são:
- Tesouro Selic: onde a rentabilidade acompanha a variação da taxa Selic
- Tesouro Prefixado: oferece uma rentabilidade fixa definida no momento da compra
- Tesouro Prefixado com Juros Semestrais: similar ao anterior, porém com a rentabilidade sendo paga 2x ao ano proporcionalmente
- Tesouro IPCA+: proporciona um retorno atrelado à inflação (medida pelo IPCA), mais uma taxa de juros fixa
- Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais: semelhante ao anterior, mas a rentabilidade é paga 2x ao ano
- Tesouro RendA+: uma opção nova para quem deseja complementar a renda na aposentadoria, com os valores rendendo conforme a inflação.
O rendimento do Tesouro Direto é influenciado por diversos fatores, como a política monetária, inflação e a situação econômica do país. A manutenção da taxa Selic pelo Copom é um dos elementos mais impactantes nesse sentido.
Influência da Selic e novas taxas definidas
A decisão do Copom de manter a Selic em 10,50% ao ano afetou diretamente as taxas de rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto. Desde a última reunião, as taxas de alguns títulos caíram significativamente.
Aqui está uma tabela comparando as taxas de rentabilidade dos principais títulos entre os dias 19 de junho (data da decisão do Copom) e ontem, 24 de junho de 2024:
Título | Taxa ao ano em 19/06 | Taxa ao ano em 24/06 |
---|---|---|
Tesouro Prefixado 2027 | 11,72% | 11,44% |
Tesouro Prefixado 2031 | 12,32% | 12,08% |
Tesouro IPCA+ 2029 | IPCA + 6,37% | IPCA + 6,25% |
Tesouro IPCA+ 2035 | IPCA + 6,34% | IPCA + 6,26% |
Tesouro IPCA+ 2045 | IPCA + 6,35% | IPCA + 6,27% |
O que esperar para o futuro?
As expectativas para o futuro envolvem um cenário de incertezas e ajustes na política monetária. De acordo com o Boletim Focus, não são esperadas novas quedas na Selic até o final de 2024. Para 2025, a previsão é que a taxa possa ser reduzida para 9,50% ao ano.
Essa perspectiva de estabilidade da Selic este ano sugere que as taxas dos títulos do Tesouro Direto podem se manter em níveis atuais, sem grandes variações. Mesmo com a redução na rentabilidade dos títulos do tesouro, as taxas continuam atraentes para investidores que buscam retornos acima da inflação.
No entanto, a volatilidade nos mercados financeiros e as discussões sobre cortes de gastos públicos podem influenciar esses números. Portanto, é fundamental acompanhar de perto as movimentações do mercado e as decisões da política econômica que podem impactar o rendimento dos investimentos em renda fixa.
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Perguntas frequentes
- Por que o Copom decidiu manter a Selic em 10,5%?
A decisão foi influenciada pela desancoragem das expectativas de inflação resultante das mudanças nas metas fiscais do governo. A necessidade de maior cautela no cenário econômico atual também foi um fator determinante. - Quantas reuniões o Copom faz por ano?
Em 2024, o Copom realizará o total de 8 reuniões, de dois dias seguidos cada. As reuniões são feitas a cada 45 dias, para definir a taxa básica de juros da economia brasileira – Selic. Essas reuniões ocorrem em dois dias seguidos, com calendário divulgado até o mês de junho do ano anterior. - Qual a diferença entre renda fixa e variável?
A principal diferença está na rentabilidade. Nos ativos de renda fixa, é possível prever a rentabilidade antes de aplicar o dinheiro. Já nos de renda variável, não é possível prever a rentabilidade. - Quais são os principais tipos de investimentos de renda fixa?
Os principais tipos de investimentos em renda fixa são o Tesouro Direto, CDBs, RDBs, LCIs, LCAs, debêntures e fundos de investimento em renda fixa.
Agora que você compreende melhor o cenário do Tesouro Direto após a manutenção da Selic, pode tomar decisões mais informadas sobre seus investimentos. Lembre-se sempre de buscar por fontes confiáveis e estar atento às mudanças no mercado financeiro.

Jornalista formada pela UNIP (2009) e formada em Rádio e TV pelo Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE (2007).