Regras do afastamento para servir a outro órgão ou entidade

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O afastamento para servir a outro órgão ou entidade gera uma série de questionamentos e tem importância significativa na carreira dos servidores públicos. Este mecanismo permite que um servidor, temporariamente, atue em uma instituição diferente daquela em que exerceu suas funções, podendo trazer muitos benefícios tanto ao servidor quanto ao órgão que recebe este profissional. Neste artigo, exploraremos as regras do afastamento para servir a outro órgão ou entidade, seus requisitos, direitos e deveres, bem como seus impactos na aposentadoria.

Como funciona o afastamento para servir a outro órgão ou entidade?

O afastamento para servir a outro órgão ou entidade é uma prática comum entre servidores públicos e ocorre quando um profissional é designado para desempenhar funções em uma instituição que não é a sua original. É importante ressaltar que esse afastamento pode acontecer por meio de três formas principais: cessão, requisição e movimentação.

Na cessão, o servidor é autorizado a atuar em outro órgão, incluindo empresas públicas e sociedades de economia mista. Neste caso, ele continua vinculado ao órgão de origem, mas assume um cargo em comissão ou função de confiança no novo local.


A requisição, por outro lado, é uma transferência obrigatória. Um órgão formalmente solicita um servidor de outro, e essa movimentação não pode ser recusada. Aqui, o vínculo com o órgão de origem permanece, sem alteração na lotação e sem prejuízo da remuneração.

A movimentação se refere à mudança de função dentro do mesmo órgão ou a transferência entre órgãos sem que haja essa necessidade de autorização ou solicitação formal.

Quem tem direito a este afastamento?

O afastamento para servir a outro órgão ou entidade é um direito garantido a servidores públicos da Administração Federal Direta, das Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. No entanto, nem todos os servidores estão automaticamente aptos a fazer esse pedido; é necessário atender a certos requisitos e critérios.

Os principais requisitos para solicitar o afastamento incluem:


  • Um pedido formal do dirigente do órgão ou entidade que deseja o servidor, indicando o cargo e função.
  • A concordância do dirigente do órgão de origem, que deve apresentar uma justificativa para a situação.
  • Um compromisso por escrito do órgão que receberá o servidor, assumindo todos os encargos relacionados ao salário e às contribuições sociais, especialmente se a movimentação for para um órgão fora do Poder Executivo.

Essas regras garantem que o processo seja transparente e organizado, evitando que o afastamento prejudique a qualidade do serviço público.

Direitos e deveres do servidor durante o afastamento

Durante o período de afastamento, o servidor mantém todos os direitos assegurados na sua função anterior, incluindo o recebimento de salário, férias e benefícios. No entanto, é essencial que o servidor cumpra as obrigações estabelecidas pelo novo órgão onde está atuando.

Isso significa que, além de seguir a legislação pertinente, o servidor deve se adaptar às normas internas e cultura organizacional do local temporário. Essa transição muitas vezes é enriquecedora, pois fornece ao servidor novas experiências e habilidades que podem beneficiar tanto a sua carreira quanto a instituição.

O afastamento impacta a aposentadoria?

Sim, o afastamento pode impactar a aposentadoria do servidor, mas isso não significa que irá prejudicá-la automaticamente. O efeito negativo ocorrerá apenas caso não haja contribuições previdenciárias regulares durante o período de afastamento. Se o servidor mantiver suas contribuições em dia e o tempo de serviço for contabilizado normalmente, seus direitos previdenciários estão garantidos.

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Para muitos servidores, esse aspecto é uma preocupação legítima. Garantir que o afastamento não interfira na aposentadoria é crucial, portanto, é recomendável que os servidores façam um acompanhamento regular de suas contribuições e consultem especialistas sempre que necessário.

Regras do afastamento para servir a outro órgão ou entidade

As regras do afastamento são desenhadas para garantir que tanto o servidor quanto os órgãos envolvidos entendam suas obrigações e direitos durante todo o processo. Além dos requisitos já mencionados, existem algumas orientações adicionais que devem ser seguidas:

  • Duração do afastamento: O afastamento não é indefinido. Geralmente, há um prazo estabelecido que pode ser prorrogado, dependendo da necessidade do órgão que está recebendo o servidor.
  • Comunicação entre órgãos: É fundamental que haja uma comunicação clara entre o órgão de origem e aquele para o qual o servidor está sendo deslocado. Isso evita conflitos e garante que todos os documentos necessários estejam em ordem.
  • Avaliação e retorno: Após o período de afastamento, o servidor deverá passar por um processo de avaliação. Se o desempenho for satisfatório, ele pode retornar ao seu posto anterior sem problemas.

Essas regras são elaboradas para garantir que o afastamento ocorra de forma harmoniosa e eficiente, respeitando os direitos de todos os envolvidos e promovendo um ambiente de cooperação entre as instituições.

Perguntas Frequentes

O afastamento para servir a outro órgão ou entidade levanta muitas dúvidas. Aqui estão algumas perguntas comuns e suas respostas:

  1. O que é o afastamento para servir a outro órgão ou entidade?
    O afastamento é uma autorização legal que permite que um servidor público exerça suas funções em uma instituição diferente da sua, podendo ser por cessão ou requisição.

  2. Todos os servidores públicos podem solicitar esse afastamento?
    Não, ele é direito de servidores da Administração Federal, Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista, mas devem atender a requisitos específicos.

  3. Quais são os principais requisitos para a solicitação de afastamento?
    O pedido deve ser formalizado pelo dirigente do órgão receptor, com a concordância do dirigente do órgão de origem, e deve conter compromissos relativos a salário e encargos.

  4. O servidor mantém seus direitos enquanto estiver afastado?
    Sim, durante o afastamento, o servidor mantém todos os direitos, incluindo salário e benefícios, mas deve cumprir as obrigações no novo órgão.

  5. O afastamento pode afetar a aposentadoria do servidor?
    Pode, mas somente se as contribuições previdenciárias não forem mantidas. Se o servidor continuar contribuindo normalmente, o afastamento não prejudica sua aposentadoria.

  6. Como é feito o retorno do servidor ao seu órgão de origem?
    Após o término do afastamento, o servidor retorna ao seu cargo anterior, podendo passar por uma avaliação de desempenho antes de voltar.

Considerações Finais

O afastamento para servir a outro órgão ou entidade é uma ferramenta valiosa para a formação e crescimento profissional dos servidores públicos, além de proporcionar uma troca de experiências que enriquece tanto o servidor quanto as instituições envolvidas. Conhecer as regras do afastamento, seus direitos e deveres é fundamental para garantir que essa experiência seja positiva e produtiva.

Por fim, a transparência e a comunicação eficaz entre os órgãos são essenciais para o bom andamento desses processos, garantindo que os servidores possam se deslocar com confiança e clareza sobre suas obrigações e direitos. Se você é um servidor e pensa em solicitar um afastamento, busque sempre estar bem informado sobre todas as etapas e requisitos para que sua transição seja a mais tranquila possível.