O Fundo PIS/Pasep, que ao longo das décadas acumulou valores significativos para muitos trabalhadores, pode ser uma fonte adicional de recursos que, por diversas razões, acabaram sendo esquecidos. Entre os anos de 1971 e 1988, muitos brasileiros que estavam no mercado formal de trabalho tinham direito a esse benefício, mas não realizavam o saque por diferentes motivos, como falta de informação ou a ausência de condições na época. Útil até para quem já está aposentado, o PIS/Pasep pode ser o que falta para melhorar o orçamento mensal ou ajudar em compras relevantes.
Este artigo se propõe a decifrar completamente o que é o PIS/Pasep, os valores esquecidos sob a sua égide, quem tem direito a esses recursos e, principalmente, como realizar o saque de maneira simples e eficiente. Ao final, proveremos respostas a perguntas frequentes, tornando essa informação vital ainda mais acessível. O conhecimento é uma ferramenta poderosa e, portanto, vamos garantir que nenhum trabalhador brasileiro fique sem saber como acessar o que é dele por direito.
O que são os valores esquecidos?
Os valores relacionados ao PIS e ao Pasep correspondem a um abono salarial ligado a trabalhadores do setor privado e público, respectivamente. Em suma, esses valores são uma forma do governo recompensar o trabalhador que, com registro em Carteira de Trabalho, contribui ao longo de sua vida profissional. O esquecimento em relação ao saque ocorre principalmente devido à falta de informação. O PIS/Pasep, que deveria ser um auxílio ao trabalhador, por vezes se torna um fardo invisível, escondido nos números e nas burocracias.
As cotas de PIS/Pasep foram estruturadas a partir do esforço do governo brasileiro em assegurar trabalhadores com um suporte mais robusto. Contudo, aqueles que desempenharam suas funções entre 1971 e 1988 podem possuir valores que nem mesmo sabem que têm direito.
O que isso significa na prática?
Quando os trabalhadores não realizam os saques do PIS/Pasep, esses valores permanecem armazenados, muitas vezes num abismo de informações e dados. Com a adesão a novas políticas desde 2019, ficou permitido que bilhões em valores esquecidos fossem sacados por titulares e seus dependentes, permitindo, assim, que essa riqueza fosse finalmente acessada. Segundo a Caixa Econômica Federal, o valor médio disponível a quem tem direito gira em torno de R$2.300,00. Dependendo da margem de tempo e do salário recebido à época do trabalho, é possível que o valor a ser retirado seja ainda maior.
Contudo, é importante saber que, a partir de um certo tempo, é possível que esses valores sejam transferidos ao Tesouro Nacional e, consequentemente, não estejam mais disponíveis para saque de maneira simples. Um novo apelo se torna necessário: o trabalhador precisa estar atento às datas e condições para assegurar seus próprios direitos.
O que significa a transferência dos valores para o Tesouro Nacional?
Recentemente, uma proposta de emenda à Constituição autorizou que os valores do PIS/Pasep, que antes poderiam ser sacados facilmente, sejam geridos de maneira distinta. Isso quer dizer que o dinheiro, ao ser transferido para o Tesouro Nacional, poderá ser destinado a investimentos do governo, sem que o teto de gastos público precise ser contabilizado. Para os beneficiários, isso implica um risco considerável: sem o saque atempado, os valores podem acabar sendo perdidos.
Uma vez que os recursos forem transferidos, os trabalhadores ainda terão um prazo de cinco anos para reivindicar esses valores. No entanto, se esse prazo expirar sem a devida solicitação, os recursos perdidos deixarão de ser disponíveis. A gestão do FGTS e do Ministério do Trabalho não terá mais controle sobre esse dinheiro, dificultando ainda mais a recuperação dos valores. Portanto, é fundamental que os trabalhadores identificam rapidamente se possuem valores a serem sacados.
Até quando e quem pode resgatar esses valores?
A consulta e o saque das cotas de PIS/Pasep podem ser realizados pelo próprio titular ou por seus dependentes em casos de falecimento. Para facilidade na vida moderna, o saque pode ser feito sem sair de casa através do aplicativo FGTS. Mas como funciona esse processo? A seguir, um passo a passo:
- Acesse o aplicativo FGTS, clique em “Entrar no aplicativo” e faça login com seus dados de cadastro.
- No menu inicial, clique na opção “Meus saques”.
- Selecione “Outras situações de saques”.
- Escolha “PIS/PASEP – Modalidade destinada ao trabalhador que possui cotas PIS/PASEP” e selecione essa opção.
- Leia as informações e clique em “Solicitar saque”.
Caso o titular tenha falecido, o dependente deve seguir caminhos similares, escolhendo a opção “PIS/PASEP – Falecimento do trabalhador” dentro do app. Além disso, é possível cadastrar uma conta bancária para receber os valores diretamente, tornando o processo ainda mais prático.
Os saques podem ser realizados até o dia 5 de agosto. Após essa data, mesmo que o resgate de valores precisará ser feito, ainda existe a possibilidade de solicitá-los até cinco anos após o prazo inicial. Aqui, a burocracia entra como um aspecto vital, já que o trabalhador deverá apresentar um recurso administrativo para alcançá-los.
Pagamento de dinheiro esquecido PIS/Pasep: como sacar?
Para assegurar que seus direitos sejam respeitados e que você não perca a oportunidade de resgatar valores referentes ao Fundo PIS/Pasep, é fundamental seguir os passos mencionados e manter-se informado sobre as datas e condições estabelecidas pelo governo. A primeira etapa é verificar se você ou um dependente têm direito a esse pagamento. O aplicativo FGTS é uma ferramenta vital nesse processo, facilitando a consulta e o saque sem a necessidade de deslocamentos.
A eficiência é um importante fator nesse processo, e estar bem preparado para navegar nas opções do aplicativo pode fazer a diferença. Reunir todas as informações necessárias com antecedência pode solucionar qualquer eventualidade que surja durante o processo.
Um ponto importante é estar atento às notificações e comunicados feitos pela Caixa Econômica. Em caso de qualquer contratação, há informações e atualizações que podem ser relevantes para o saque. Isso se relaciona diretamente ao valor que pode ser retirado e a qualquer mudança nas políticas de saque.
Por fim, o chamado “Pagamento de dinheiro esquecido PIS/Pasep: como sacar?” implica em braços abertos para os trabalhadores que saem à procura das suas cotas esquecidas. Com as informações corretas e um toque de planejamento, é possível transformar um recurso que antes pareciam invisível em uma realidade tangível.
Perguntas Frequentes
É normal ter algumas dúvidas sobre esse assunto, então aqui vão algumas respostas para perguntas que podem surgir:
Quais trabalhadores têm direito ao PIS/Pasep?
Os trabalhadores que atuaram com carteira assinada entre 1971 e 1988 têm direito aos valores do PIS/Pasep, desde que não tenham sacado as cotas.
Como posso saber se tenho valores a receber?
Você pode consultar essa informação pelo aplicativo FGTS ou pelo site da Caixa Econômica.
Qual o prazo para sacar os valores do PIS/Pasep?
Os saques podem ser realizados até o dia 5 de agosto. Após essa data, é possível solicitar valores por até cinco anos, mas com a necessidade de um recurso administrativo.
E se o titular falecer?
Os dependentes do trabalhador têm direito a realizar o saque através do aplicativo, seguindo procedimentos específicos para esse tipo de caso.
O que acontece se eu não sacar o valor a tempo?
Se os valores não forem sacados até a data-limite, a quantia será transferida para o Tesouro Nacional e você terá cinco anos para reivindicar o recurso.
Como posso me manter informado das novidades sobre o PIS/Pasep?
Acompanhar as notícias através da Caixa Econômica e se inscrever em serviços de informação pode ajudar a manter você atualizado sobre quaisquer mudanças nas políticas de saque ou novos prazos.
Em conclusão, conhecer os seus direitos e saber como agir em determinadas situações é fundamental na vida de qualquer trabalhador. O acesso ao dinheiro esquecido do PIS/Pasep representa não apenas oportunidade de resgates financeiros, mas também reconhecimento de um esforço acumulado ao longo de décadas de trabalho. A mudança de mentalidade e a busca por informações são passos essenciais para garantir um futuro melhor e mais seguro.

Jornalista formada pela UNIP (2009) e formada em Rádio e TV pelo Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE (2007).