Estudo revela que a maioria dos idosos no Brasil estão protegidos pela previdência, aponta pesquisa

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A proteção previdenciária é uma questão fundamental para garantir a segurança financeira e a dignidade da população idosa no Brasil. Um estudo recente revelou que 83% dos idosos no país têm acesso a algum tipo de proteção previdenciária ou assistencial, refletindo uma conquista social importante. Com mais de 27 milhões de idosos beneficiados, o Brasil mantém uma rede de segurança essencial para garantir o bem-estar dessa parcela da população.

Diferenças por localidade e gênero

A pesquisa apontou uma variação significativa na proteção previdenciária entre as diferentes regiões e estados brasileiros. O Piauí lidera com a maior taxa de cobertura, atingindo 91,8%, seguido por Maranhão (89,4%) e Rio Grande do Sul (89%). Por outro lado, a região Norte apresentou os menores índices, com destaque negativo para Amapá (74%), Roraima (74,9%) e Mato Grosso (77,7%).

Além disso, foram identificadas desigualdades notáveis na proteção social com base no gênero e na localidade de residência. Nas áreas rurais, a taxa de proteção é substancialmente maior, alcançando 92,6% para ambos os sexos. Já nas áreas urbanas, os homens são mais protegidos (85,2%) do que as mulheres (79,5%).

Essas discrepâncias podem ser atribuídas às diferentes dinâmicas de emprego e ao acesso à formalização laboral em cada região, destacando a importância de políticas públicas eficazes para garantir a equidade na proteção previdenciária.

Impacto econômico dos benefícios previdenciários

Os benefícios previdenciários e assistenciais desempenham um papel crucial na redução da pobreza no Brasil. Em 2022, esses benefícios retiraram cerca de 30,5 milhões de pessoas da condição de pobreza. Sem essa rede de proteção, o número de brasileiros vivendo abaixo da linha de pobreza seria significativamente maior, chegando a 89,8 milhões.

Os trabalhadores da Administração Pública, Defesa e Seguridade Social são os mais protegidos, com uma cobertura de 91%. Por outro lado, setores como serviços domésticos e construção civil apresentam as menores taxas de proteção, evidenciando a persistência da informalidade e precariedade no mercado de trabalho.

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Desigualdades raciais e étnicas

O estudo também revelou desigualdades na proteção previdenciária entre diferentes grupos raciais. Idosos identificados como amarelos possuem a maior taxa de cobertura (84,6%), enquanto negros e indígenas têm as menores taxas, 82,7% e 80%, respectivamente. Entre as mulheres, as amarelas e negras apresentam maior proteção social em comparação com as mulheres brancas e indígenas.

É fundamental abordar as desigualdades regionais, de gênero e raciais para garantir uma proteção previdenciária mais justa e abrangente para todos os brasileiros. A proteção social é essencial para assegurar uma aposentadoria tranquila e contribuir para a dignidade e o bem-estar da população idosa.

Perguntas frequentes

– Qual é a taxa de proteção previdenciária entre os idosos no Brasil?
Em 2022, 83,4% das pessoas com 60 anos ou mais no Brasil tinham proteção previdenciária ou assistencial.

– Quais são as regiões com as maiores e menores taxas de proteção?
As maiores taxas estão no Nordeste, especialmente no Piauí (91,8%), enquanto as menores são observadas no Norte, com Amapá e Roraima abaixo de 75%.

– Como os benefícios previdenciários impactam a pobreza no Brasil?
Os benefícios ajudam a reduzir significativamente a pobreza, com cerca de 30,5 milhões de pessoas sendo retiradas dessa condição em 2022.

– Há diferenças de proteção entre homens e mulheres?
Sim, nas áreas urbanas, homens têm uma proteção de 85,2%, enquanto mulheres têm 79,5%. Nas áreas rurais, não há diferença significativa entre os sexos.



– Quais setores de trabalho têm a maior e a menor cobertura previdenciária?
Os setores de Administração Pública, Defesa e Seguridade Social têm a maior cobertura (91%), enquanto serviços domésticos e construção têm as menores.

Em resumo, o estudo ressalta a importância da proteção previdenciária para a segurança e o bem-estar dos idosos no Brasil, destacando a necessidade de políticas públicas eficazes para promover a equidade e o acesso universal aos benefícios previdenciários. A proteção social é crucial para garantir uma aposentadoria digna e contribuir para a redução da pobreza e das desigualdades sociais no país.